segunda-feira, 28 de novembro de 2011

VI Jornada de Saúde Mental e Psicanálise da PUCPR – Ano 2011


Intercâmbio entre instituições que trabalham com saúde mental em Curitiba e região, troca de experiências, trabalhos teóricos que enriquecem ainda mais a nossa formação, eventos culturais. Tudo isso sem falar na oportunidade de rever ou de reencontrar nossos colegas e professores, juntamente com a recepção e orgaznização impecável da comissão organizadora do evento. Que realizou mais uma vez um exelente trabalho. A comissão e todos os envolvidos estão de parabéns! E agora é aguardar o ano que vem com o evento cada vez maior e mais movimentado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

VI Jornada de Saúde Mental e Psicanálise da PUCPR – Ano 2011

Objetivos da jornada:

Aprimorar e reforçar as atividades curriculares do curso de Psicologia; Apresentar à comunidade acadêmica e científica e à comunidade, a produção científica alcançada pelo curso de Especialização da PUCPR na área de Saúde Mental e Psicanálise; Promover a interlocução entre as diversas instituições da área de Saúde Mental e Psicanálise.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VI Jornada de Saúde Mental e Psicanálise da PUCPR – Ano 2011

DIA 25 DE NOVEMBRO – SEXTA- FEIRA


16h30m - Credenciamento dos Participantes


17h00m – Exposição “Há Risco”, de Guilherme Zawa e Mel Ferreira (permanente durante todo o evento)


17:30 - 19:00 Sexta-feira
Tema: Psicanálise: Infância, Família e Contemporaneidade.
Coordenação da Mesa: Fátima Fonseca Ramos
Nossas crianças, nossas famílias, nossos sintomas 20 anos depois. – Rosa Maria Marini Mariotto.
“Mau-olhado”: Efeitos constituintes do laço mãe bebê a partir de uma cena clínica. – Rafaela Carine Jaquetti.
Novas configurações para o pai na contemporaneidade. – Eliana Cristina Machiavelli de Santana, Rosa Maria Marini Marioto.
A Transferência e o ensino de inglês como língua estrangeira: O encontro possível entre professor-aluno. – Nicole Vieira da Rosa Tontini.

17:30 - 19:00 Sexta-feira
Tema: A angústia, o medo e a fobia. (Núcleo de Pesquisa em Psicanálise com crianças - Daí Guri )
Coordenação da Mesa: Tereza Pavone
A diferenciação entre angustia, medo e fobia e a relação com o objeto. – Inez Carneiro Brito.
A transferência na clínica com crianças e o lugar dos pais. – Sandra Maria da Silva Vaz.
Angustia, ao que ela responde? - Sueli Hadisch.

17:30 - 19:00 Sexta-feira
Tema: Intervenção precoce e saúde mental.
Coordenação da Mesa: Nohemi Brown Ibanez
Prevalência de transtorno de conduta em um Centro de Atenção Psicossocial infantil (CAPS-i) de Curitiba – PR – Suely Titosse Higuti.
Conhecendo seu bebê: o papel do observador no vínculo primário mãe-bebê à sombra de ansiedade e depressão pós-parto materna - Fernanda Roche.
Os efeitos da intervenção precoce com crianças em risco de internações frequentes – Thais Augusto Gonçalves

19:00 – 21:00 – Show Pássaro Livre - ROSY GRECA e coquetel

21:00 - 22:30 Sexta-feira
Tema: Temas em Filosofia e Psicanálise.
Coordenação da Mesa: Jorge Sesarino
O Outro determinante e o sujeito seu objeto – Vera Lucia da Silva Alves
Hegel e Lacan: desejo e morte na luta pelo reconhecimento – Mail Athaide Santos Souza e Silva
A terminologia utilizada por Kant para caracterizar o fanatismo como forma de loucura – Jorge Vanderlei Costa da Conceição
O perverso e o anormal: de Freud a Foucault - Ariana Moura Gomes

21:00 - 22:30 Sexta-feira
Tema: Cognitivismo e Saúde mental.
Coordenação da Mesa: Cloves Amorim
A influência da cognição na saúde mental do paciente de psicoterapia: Análise de um estudo de caso. – Carla Cristina de Macedo.
Burnout em formandos de pedagogia: a saúde mental do futuro professor – Rosana Angst.
Incentivo à leitura em uma instituição de privação de liberdade feminina no Estado do Paraná – Ana Maria Moser, Cloves Amorim, Mayara Brolesi de Souza, Zilcar de Jesus Maia.
Universidade da terceira idade e saúde mental – Mariane Benicio Fontana, Ana Maria Moser, Karoleen Oswald Sharan, Cloves Amorim, Marcelo Cabral Jahnel.

21:00 - 22:30 Sexta-feira
Tema: A Psicanálise e a Clínica Ampliada.
Coordenação da Mesa: Sandra de Oliveira
Psicanálise em extensão e a clínica do acolhimento – Vinícius da Rocha Barros.
Serviço Saúde Mental: Desafios da intersetorialidade - Rafaela Pereira.
Oficinas na Saúde Mental: Um espaço para criar novos lugares – Carla Regina Cumiotto.
Literatura em uma estratégia saúde da família: Por que não? - Bárbara Wehmuth Raulino.

21:00 - 22:30 Sexta-feira
Tema: Ainda o Simbólico na Psicanálise (EBP –Delegação Paraná).
Coordenação da Mesa: Inez Brito Carneiro
Não mais como antigamente. - Gilberto Rudeck da Fonseca.
O Mais-Um do cartel e o menos Um da exceção – Nancy Greca de O. Carneiro
Violência no feminino: o Simbólico como lei. – Fátima Fonseca Ramos


DIA 26 DE NOVEMBRO - SÁBADO

8:30 - 10:00 Sábado
Tema: Mal-estar e contemporaneidade.
Coordenação da Mesa: Flavia Paula Soares
Laços líquidos. – Denise Noni.
Uma leitura Psicanalítica das sistematizações de crenças na contemporaneidade. – Helder de Oliveira Barbosa.
Mal-Estar e constituição psíquica na contemporaneidade. – Marco Correa Leite.
Direito e o mal-estar. – Célia Ferreira Carta Winter.

08:30 - 10:00 Sábado
Tema: Saúde mental e Trabalho
Coordenação da Mesa: Telma Rocha de Morais
O lugar do sujeito das organizações flexíveis. – Flora Carrasqueira.
Convivendo com o mal-estar: Saúde e adoecimento no mundo do trabalho. – Maria Albina Nunes.
Transtorno afetivo Bipolar, o sobe e desce das emoções. – Danielle Ritter Kwiatkoski.
Abandonismo e sofrimento mental – Jeneson Tavares da Cruz
8:30 - 10:00 Sábado
Tema: Psicanálise e Religião
Coordenação da Mesa: Inecê Gomes
Amor, Religião e Identificação. – Bruna Iodice,.
Triunfo da Religião de Lacan. - Célia Ferreira Carta Winter.
Uma leitura psicanalítica dos textos bíblicos – Maria Marta Veloso

8:30 - 10:00 Sábado
Tema: Terapia Cognitivo Comportamental e Saúde Mental (Unibrasil)
Coordenação da Mesa: Ana Suy Sesarino
Quais as contingencias que mantem um alcoolista resistente ao tratamento – Marla Rodrigues Gomes.
A influencia da cognição na saúde mental do paciente de psicoterapia : Analise de um estudo de caso. – Carla Cristina de Macedo.
Ansiedade: da normalidade à patologia e o tratamento através da terapia cognitivo–comportamental. – Eliane Jansson Kissula.
Ideação suicida na adolescência – Danielle Aparecida Zacachuca Alves, Debora dos Reis Silva.

10:00 - 10:30 – Sessão de Pôsteres e Coffee- break
A canção recontando histórias de mulheres em sofrimento psíquico – Sheila Volpi, Andressa Dias Arndt
Acolher, integrar e inserir: nos caminhos da reforma psiquiátrica - Leandro de Andrade, Rafael Felippe Follador,
Nancy Greca Carneiro
O luto e a resignificação do corpo: um estudo de caso - Arceni José Dalmoro, Carolina Parucker, Ana Suy Sesarino
Maternagem em asilamento – Márcia Regina Aparecida do Nascimento, Angelini Lucca Dossena, Eliana Caetano Silva, Nancy Greca de O. Carneiro
A arte na clínica: uma relação (im)possível - Marcia Regina Motta, Nohemí Ibáñez Brown
Uma educação pautada em valores na abordagem aos alunos com necessidades educacionais especiais - Joaquim Parron Maria, Ilse de Freitas Bastos
Representação social do fenômeno droga sob a perspectiva do adolescente - Ana Paula Ferreira Marques, Andréa Fernanda Silveira
Será a sala de espera um espaço para além de se estar? - Gisane Maria Rodrigues, Alciméri Savoldi Miranda, Caroline Nicolau, Nancy Greca de Oliveira Carneiro

10:30 - 12:00 Sábado
Tema: Desafios da adicção: CAPS AD.
Coordenação da Mesa: Eduardo Bernardes Nogueira
Drogas e agora? Sujeito, Psicanálise, social – Fernando Roberto Ruthes.
O trabalho da Psicologia em articulação com a Psicanálise no CAPS AD – Aurea Akemi Kondo Van Spitzenbergen.
Os destinos da Pulsão e os centros de atenção Psicossocial – Bruna Basile Machado Val.
Usuário de crack: motivos para usar a droga. – Therency Kamila dos Santos.

10:30 - 12:00 Sábado
Tema: Clínica das Psicoses.
Coordenação da Mesa: Nancy Greca de Oliveira Carneiro
O estranhamento do psicanalista na clínica das psicoses – Daniel Dias Brepohl.
A escuta psicanalítica na clínica das psicoses – Éderson Marqui Erig.
A transferência e a clínica da psicose – Francis Juliana Fontana.
Desejo e fantasia: Satisfação não saciável. – Juliana Portilho.
10:30 - 12:00 Sábado
Tema: Atualidade Freudiana
Coordenação da Mesa: Bruna Iodice
Pulsão de morte? – Milton M. Vissovatz.
Memória e lembrança. Os monumentos de Jochen Gerz – Cláudio Eduardo Rubin.
O funcionamento do cérebro e a histeria de Freud - Bianca Scandelari.
No limite entre o normal e o patológico – Déborah Simone Cividanes.

10:30 - 12:00 Sábado
Tema: Olhares – Filosofia, Psicanálise e Direito
Coordenação da Mesa: Célia Ferreira Carta Winter
O tempo do direito e o direito internacional humanitário. – Luís Alexandre Carta Winter.
Alcances e limites da Psicologia evolucionista para a compreensão da agressividade humana. – Kleber Birolo Candiotto.
Criminalização das drogas na América Latina. – Fábio da Silva Bozza.
Neurótico, Psicótico e Perverso: a taxonomia das pessoas na visão do Direito Penal do Inimigo. – Priscilla Placha Sá.


12:00 – 13:30 – Almoço


13:30 - 15:00 Sábado
Tema: Psicanálise e Psicopatologia - Delírio e ato.
Coordenação da Mesa: Mail Athaide Santos Souza e Silva
Delírio: uma tentativa de cura. – Jucilene Rocha Dal´ Negro e Shirley Rialto Sesarino
A tentativa de suicídio e o hospital geral: uma interrogação acerca do estatuto da passagem ao ato. – Marcos Vinícius Brunhari.
Depressão e melancolia: facetas de uma disputa em psicopatologia. – Frederico Ronconi.
Medicalização da vida e o engodo da felicidade – Eduardo Bernardes Nogueira

13:30 - 15:00 Sábado
Tema: A especificidade do trabalho psicológico no terceiro setor.
Coordenação da Mesa: Letícia Villar Pellegrin
A situação de abrigamento. – Sandra de Oliveira.
Acolhimento institucional e o serviço social. – Maria Aparecida Lima Filho.
O lugar da palavra em uma instituição de abrigamento – Beyle Pereira da Silva
A pedagogia e o abrigamento: o terceiro setor – Ângela Maria Gonçalves da Silva

13:30 - 15:00 Sábado
Tema: Entre a Lei e o Ato (Mesa da LETRA – Associação de Psicanálise)
Coordenação da Mesa: Fátima Fonseca Ramos
Adolescência e Acting Out: uma questão para o nosso tempo. – Angela Valore.
Angustia e Acting Out. - Antônio Roberto Brunetti
O adolescente entre a Lei e a lei. – Valéria Codato Antônio Silva.
Da Cura possível na clínica das perversões – Jorge Sesarino.



13:30 - 15:00 Sábado
Tema: Reforma Psiquiátrica e limites do seu alcance.
Coordenação da Mesa: Francis Juliana Fontana
Reforma Psiquiátrica e o levantamento da interdição – Wilson Accioli de Barros Filho.
Saúde Mental e vulnerabilidade: A Lei Antimanicomial e o levantamento da interdição – Jussara Maria Leal de Meirelles.
A psicologia clínica aplicada em um hospital psiquiátrico – Rafael Felippe Follador.
Testemunho e endereçamento em um espaço de expressão – Angelini Lucca Dossena.

15:00 - 16:30 Sábado
Tema: A Psicanálise nas escolas, programas sociais e ambulatórios.
Coordenação da Mesa: Simoni França
Ética X Moral no trabalho psicanalítico na instituição – Caroline Messas Cotarelli
Psicanálise a pais de alunos em escola especial: pelo familiar o estranho – Consuelo Muniz Escudero
Trabalho em escola com autistas – Farida Salomão Jezzini
A dinâmica inconsciente em equipe multidisciplinar de um programa social: uma análise em Pichon – Cibele Stringuetta

15:00 - 16:30 Sábado
Tema: Jovens falam: Psicanálise e subjetividade.
Coordenação da Mesa: Shirley Rialto Sesarino
A subjetividade contemporânea do século XXI e os jogos virtuais online de grupo (MMORPG) – Cristiane Sohn.
Representação social do fenômeno droga sob a perspectiva do adolescente. – Ana Paula Ferreira Marques.
Transtorno de conduta ou falas encenadas? - Mirela Stenzel.
O Projeto psicossocial com jovens em situação de exploração sexual comercial: uma ferramenta de atenção em saúde mental. – Ana Paula dos Santos.

15:00 - 16:30 Sábado
Tema: Psicanálise e Arte
Coordenação da Mesa: Débora Nemer Pinheiro
A arte na clínica: uma relação (im)possível. – Marcia Regina Motta, Nohemí Ibáñez Brown.
Lewis Carroll e Alice: A ficção do amor. – Juliana Radaelli.
A relação entre criatividade e psicopatologias. – Jefferson de Carlos Ehlke Santi.
Synthomas de poesia na infância. - Glória Kirinus

15:00 - 16:30 Sábado
Tema: A prática e a formação do analista (Unibrasil)
Coordenação da Mesa: Carla Françóia
Impasses na clínica do inconsciente. – Amanda Marilia Seabra Pereira Leite.
A prática psicanalítica na contemporaneidade. – Priscilla Pykosz Barbosa.
O sem-tido em psicanalise. – Ana Suy Sesarino.
O luto e a ressignificação do corpo: um estudo de caso. – Arceni José Dalmoro, Carolina Parucker.

16:30 – 17:00 – Lançamento do livro Synthomas de Poesia na Infância, da escritora Glória Kirinus e coffee-break

17:00 - 18:30 Sábado
Tema: Psicanálise e Filosofia.
Coordenação da Mesa: Célia Ferreira Carta Winter.
Amor e Canibalismo: A identificação por incorporação - Daniel Omar Perez
O teste de realidade como superação do solipcismo – Francisco Verardi Bocca

17:00 - 18:30 Sábado
Tema: O Simbólico no século XXI (EBP – Delegação Paraná)
Coordenação da Mesa: Nancy Greca de O. Carneiro
Os limites do simbólico: quais consequências? – Cesar Skaf
Os limites do simbólico e a clinica psicanalítica nos tempos do Outro que não existe. – Tereza Pavone
Nova ordem simbólica e imperativo do Gozo: que lugar para o feminino? – Nohemí Ibáñez Brown.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cinema e psicanálise: reflexões sobre a cultura

Exibição de filme seguida de debate em torno de questões fundamentais sobre a cultura (subjetividade, crenças, arte e valores de uma sociedade) e as relativas contribuições psicanalíticas.



Programação 2011



Filme: Dente canino (Kynodontas, 2009)

Diretor: Giorgos Lanthimos

Tema proposto: Relação familiar e estrutura clínica

Data do evento: 29 de outubro



Filme: Melancolia (Melancholia, 2011)

Diretor: Lars Von Trier

Tema proposto: Significado e valor da vida

Data do evento: 26 de novembro



Coordenação : Maria Angélica Carreras

Colaboradores : Josiane Orvatich e Murilo Wesolowicz Orvatich



Dia: último sábado do mês.

Horário: 9:00h ás 12:30h

Inscrição :

Estudante e Membro: R$10,0

Profissional: R$15,00



Local: Biblioteca Freudiana de Curitiba

Rua Hermes Fontes , 792 – Curitiba –PR

Fone/fax:3342-6238

domingo, 13 de março de 2011

INFORMAÇÔES

ESPAÇO PSICANÁLISE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CONVIDA

PSICANÁLISE E PEDIATRIA
ENCONTRO POSSÍVEL

Os impasses no exercício da pediatria frente a obesidade na infância.
Carlos Eduardo Gubert
Médico Pediatra.

Teria a psicanálise algo a contribuir?
Coordenação: Lindamar L. Q. B. Vendruscolo

DATA: 15 de março de 2011
Terça-feira
HORÁRIO: 19:30
LOCAL: Biblioteca Freudiana de Curitiba
PÚBLICO ALVO: Profissionais cujo campo de atuação seja a infância e adolescência.

Inscrições: até 14/03/2011.
No local ou pelo telefone:
41 3342-6238.
Horário: 14h às 20h.

DESNODAMENTO DE CARTEL


A TRANSFERÊNCIA


“A escuta na transferência”.
Ilse de Freitas Bastos

“Transferência: O que é transferência em psicanálise?! (...)”
Iracilda Delourdes Graboski

“A transferência é o ‘A’nalista”.
Janaína Silva de Andrade

“Transferência. Processo espontâneo?”
Rosangela Urias de Azevedo




DATA: 17 de março de 2011 Quinta-feira
HORÁRIO: 20:00
INSCRIÇÃO: R$ 10,00
Membros Isentos
LOCAL: Biblioteca Freudiana de Curitiba


Rua Hermes Fontes, 792 Batel- Curitiba – PR
Fone/Fax (41) 3342-6238

sexta-feira, 11 de março de 2011

Grandes e pequenos desejos


Quinta-feira, Março 03, 2011


por Contardo Calligaris


Estamos tão acostumados a desejar pequeno que desejar grande nos parece ser uma patologia



Os adolescentes de hoje me parecem desejar de maneira tímida. Como já escrevi, surpreende-me que eles desejem pequeno.

De fato, poderia estender essa constatação aos adultos de hoje. Não que eles deixem de desejar (isso só acontece em raras depressões graves), mas há, aparentemente, uma preferência contemporânea generalizada pelos desejos pequenos. Cuidado: um desejo não é pequeno porque seu objeto seria pouco relevante.

Tomemos, por exemplo, “Maria está a fim de cerejas” e “Antônia quer o fim de todas as guerras”. Será que o desejo de Antônia é grande e o de Maria pequeno? Nada disso.

Melhor nunca comparar desejos por sua suposta “nobreza” -até porque essa tal “nobreza” pode esconder motivações bem mais torpes do que uma saudável vontade de cerejas. Então, como diferenciar desejos grandes e pequenos?

Pois bem, há desejos fluidos, suscetíveis de infinitos deslizamentos, como se, de alguma forma, o objeto desejado fosse indiferente. Esses são desejos pequenos.

Por exemplo, estou a fim de uma calça nova. Entro na loja e o tamanho 39 está em falta. Olho ao redor de mim e acabo comprando duas camisas que não têm nada a ver com a calça que eu desejava.

Quero rever “Cisne Negro”, mas a sessão está lotada; nenhum drama, compro ingresso para “Bruna Surfistinha” (incidentemente: me dei bem, amei o filme). Também posso querer o fim de todas as guerras e, ao ver na TV uma ação do Greenpeace, decidir que de agora em diante só me importa o destino das baleias. Nesse caso, por se revelar facilmente substituível, o fim de todas as guerras é um desejo pequeno.

Há um outro tipo de desejo, mais incômodo, que não admite a substituição. Quero circum-navegar a Terra de veleiro, quero vingar meu pai, quero produzir uma obra, construir um império, rezar em silêncio no deserto, comer cerejas a cada dia: se eles forem insubstituíveis, se sua insistência moldar nossa vida, esses desejos são grandes porque eles nos definem.

O desejo pequeno é ideal para uma sociedade que conta com o consumo para alimentar a produção e organizar as diferenças sociais. Desejos substituíveis garantem que a gente seja sempre levemente insatisfeito e levemente desejante, esvoaçando de objeto em objeto como uma abelha num campo de flores.

Quanto ao desejo grande, que já foi ideal dominante, ele é hoje raro na prática, mas (anúncio de uma mudança dos tempos?) a sedução que ele exerce está crescendo.

Como Mônica Waldvogel (no “Entre Aspas”, da Globo News, na última quinta) e o crítico da Folha Inácio Araújo (na Ilustrada de domingo), reparei que a safra do Oscar deste ano é peculiar: quase todos os filmes indicados ilustram desejos grandes.

Estamos tão acostumados a desejar pequeno que desejar grande (e pagar o preço disso) nos parece ser um comportamento patológico (o cara enlouqueceu, está obcecado) ou, então, sinal de crise (os EUA devem estar muito mal se eles precisam idealizar esses heróis que desejam grande).

Penso o contrário: patológico é desejar pequeno. E, se os Estados Unidos estão gostando de heróis que sonham grande, talvez eles estejam saindo da futilidade dos anos 90: o sinal não seria de crise, mas de saída da crise.

Recentemente, vários leitores e leitoras me perguntaram por que não escrevi sobre “Cisne Negro”, que (alguns notaram) é um prato cheio para um psicanalista. Pois é, amei o filme e concordo com a ideia do prato cheio, mas acontece que, no filme, o que me comoveu não foi tanto o desabrochar da loucura quanto o heroísmo do desejo de perfeição da protagonista -um desejo grande.

Falando em desejo grande, “Bruna Surfistinha”, que estreou na última sexta, é outro exemplo. O filme de Marcus Baldini não é uma apologia nem uma crítica moralista da prostituição: é um filme sobre o difícil e tortuoso caminho de alguém que quis ser livre. É a história de um desejo grande.

DESPEDIDA

Quase na hora em que Moacyr Scliar estava nos deixando, alguém postou no Twitter uma frase minha: “A literatura é o catálogo das vidas possíveis”. Pois bem, pensei, os escritores deveriam ter o direito de continuar vivendo em qualquer uma das histórias que estão sendo e serão escritas por outros até o fim dos tempos. Numa delas, um dia, aliás, espero me reencontrar com Moacyr, para rir, contar casos insólitos e evocar lembranças de Porto Alegre.

Artigo de hoje da Folha de São Paulo






Enviado por --
Mallard Duarte Santos Suzana