domingo, 8 de novembro de 2015

Pôster do artigo apresentado na Jornada de Saúde Mental de 2011

UMA EDUCAÇÃO PAUTADA EM VALORES NA ABORDAGEM AOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Ilse de Freitas Bastos Joaquim Parron Maria INTRODUÇÃO A prática educacional nos apresenta uma questão que tem permeado os educadores desde o início da história da educação. O problema é complexo e tem sua intensidade aumentada frente à angústia que essas crianças, muitas vezes causam nos adultos que com elas convivem, que podem ser os próprios educadores e os familiares também. A professora do ensino fundamental por vezes não dispõe de recursos para dispensar a atenção que a criança com dificuldades de aprendizagem requer. E logo a criança que busca atenção consegue, mas de uma forma não muito apropriada. Não demora, surgem os rótulos e com eles a exclusão frente aos colegas e a desmotivação diante de um eminente fracasso, que tende a se estender até a vida adulta. Portanto, o presente trabalho tenta contribuir ao colocar mais uma vez em discussão a questão do fracasso escolar e fazer proposta pedagógica de inclusão social no processo de ensino-aprendizagem. Sob a égide da prática do ensino de valores na construção de uma escola mais igualitária e menos excludente. A experiência em psicologia clínica, especialmente em Ambulatório de Saúde Mental não nos deixa essa questão sem reflexão, uma vez que estão cheios de pais e filhos que não conseguem “aprender”. Vale ressaltar que a experiência nos permite concluir que nem todo caso que chega ao ambulatório trata-se de dificuldades emocionais relacionadas à aprendizagem. Por isso da importância de um trabalho antes dos encaminhamentos acontecerem: uma abordagem no próprio ambiente escolar que realize um trabalho de inclusão e uma forma de trabalhar com a dificuldade no próprio local onde ela acontece. Sendo assim o profissional, poderá contar com os elementos de que necessita para bem realizá-lo, uma vez que as consultas ambulatoriais nem sempre permitem conhecer a realidade em que o aluno esta inserido. Caso contrário, a intervenção clínica far-se-á necessária com os pais e crianças e permitirá a esse sujeito um espaço de busca de alteridade. Constituindo-se numa alternativa para lidar com essa dificuldade pela qual a criança acaba padecendo e lhe causando extremo sofrimento em um ambiente que deveria ser alegre e que conduza a liberdade através do conhecimento. MÉTODO Na execução deste trabalho, seguiram-se as seguintes etapas: revisão bibliográfica feita mediante leitura sistemática; juntamente com o fichamento de cada obra, referente ao assunto em questão. E a escuta analítica de crianças e adolescentes que vem procurar atendimento psicológico em Ambulatório de Saúde Mental de Curitiba. PRINCIPAIS RESULTADOS E ANÁLISE Em relação aos encaminhamentos realizados aos ambulatórios de saúde mental e às mais variadas especialidades “psico”, podemos concluir que muitas vezes esses encaminhamentos não são os mais adequados. Apesar, que tal atitude não se constitua como algo inaceitável do ponto de vista do desenvolvimento das potencialidades de cada estudante. Existe a necessidade de um profissional especializado avaliar a demanda, em conjunto com as professoras e equipe pedagógica. Essa conduta evitaria um possível processo de exclusão e até mesmo marginalização em relação aos problemas que esse estudante apresenta frente as suas dificuldades de aprendizagem. DISCUSSÃO E CONSIDERACÕES FINAIS REFERÊNCIAS BUITRAGO, J. P. O professor como formador moral: a relevância do exemplo. São Paulo: Paulinas, 2008. CARNEIRO, G. R. da S.; MARTINELLI, S. de C.; SISTO, F. F. Autoconceito e dificuldades de aprendizagem na escrita. Psicologia: reflexão e crítica, Porto Alegre, v. 16, n. 3, 2003. Disponível em Acesso em: 5/5/2011. FELTRIN, A. E. Inclusão Social na escola. São Paulo: Paulinas, 2004 FERREIRA, T. A escuta na clínica: psicanálise com crianças. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. LAJONQUIÉRE, L de Infância e ilusão (psico) pedagógica: escritos de psicanálise e educação. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. MARIA, J. P. Novos paradigmas pedagógicos: para uma filosofia da educação. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1996. MORENO, C. I. Educar em valores. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2001. PAÍN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 1992.

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